Aprenda a dividir o distrito de
norte a sul: Uptown no topo da cidade, Upper West Side e
Upper East Side logo abaixo (com o Central Park entre eles), Midtown em
seguida, Downtown abaixo e, por último, Lower Manhattan, muitas vezes dividido
em Lower West Side e Lower East Side.
A 5a avenida é a responsável por
dividir a ilha em leste e oeste (ou “east” e “west”). Por isso, as ruas que
cortam as avenidas principais de cabo a rabo mudam de nome de acordo com sua
posição em relação a ela, como a Houston, que é East Houston até ela e West
Houston depois dela. Antes de procurar um lugar ou dar as coordenadas para um
taxista é essencial saber se aquele número está a leste ou oeste: passeando
pela Houston, os prédios 205 W e 205 E estão a quase 20 quarteirões de
distância.
Não existe uma 4a avenida: entre
a 3a e 5a existem outras três com nomes especiais; Lexington, Park e Madison,
nessa ordem. A Broadway aparece cortando a ilha na diagonal de baixo para cima
sem nenhum tipo de planejamento urbano. Confira no mapa: só ao passar por Upper
West Side ela volta a ficar reta novamente.
Uptown Manhattan
É a região do Harlem, o que as
agências de viagem costumam chamar de “bairro negro”. É também a parte menos
visitada em Manhattan, onde católicos se reúnem para assistir um tradicional
culto protestante de domingo. Existem bairros ali que devem ser evitados. De
maneira geral, o lado esquerdo do mapa é mais agradável do que o direito.
Segurança nem é um problema propriamente dito (Manhattan é incrivelmente
segura, mesmo quando em alguns lugares, como ali, possa ser assustadora), mas
com tantas coisas legais e bonitas de se ver, se aventurar pelas entranhas do
Harlem talvez não seja o melhor negócio.
Hotéis e guias turísticos
aconselham visitar apenas a região entre as ruas 110 e 125, entre a Morningside
e 7a. Homens e mulheres brancos podem até ser discriminados, principalmente
quem traz “forasteiro” estampado na testa, mas nada que atrapalhe seus planos
ou estrague seu dia.
Upper West Side
É o lado esquerdo do Central
Park. Uma região residencial com menos atrativos turísticos, mas com uma bela
arquitetura e grandes construções urbanas. Alguns dizem que Upper West Side
começa na 59 e termina na 110, outros dizem que vai além do Central Park e chega até a 125 –
exatamente a parte do Harlem que é famosa pelo turismo.
Para o turista de primeira viagem, o trajeto mais comum é subir da
base da região em direção ao meio dela. Começamos em Columbus Circle, passamos
pelo antigo prédio de John Lennon, entramos na parte do Central Park que presta
homenagem a ele e continuamos poucos quarteirões acima, onde encontramos o American
Museum of Natural History.
Amsterdam Avenue, continuação da 10a, é sempre muito badalada. A
partir da rua 67 você encontrará diversos bares em calçadas muito charmosas,
principalmente na região em que ela cruza com a Broadway.
Upper East Side
Do outro lado do Central Park vivem os endinheirados da cidade.
Entre os mais famosos que moram ou já moraram lá, destacam-se os Rockefellers,
Roosevelts e Kennedys. Seus quarteirões reúnem quatro dos cinco CEPs
responsáveis pelas maiores doações aos presidenciáveis democratas e também
republicanos, que, por sua vez, mantém um carinho especial com os “upper east
siders”.
A região possui também a parte mais exclusiva da trinca de
avenidas Madison, Park e Lexington, além da zona cultural da 5a, a “Milha do
Museu”, onde é possível encontrar doze grandes museus entre as ruas 79 e 110 (o
que no passado era conhecido como “Corredor dos Milionários”). Por outro lado,
é a região da cidade que possui o menor número de estações de metrô.
Hospedar-se por ali é uma coisa complicada. A oferta é mínima e os
preços são altos. É mais fácil encontrar possibilidades na parte baixa de Upper
East Side. Na rua 93, na altura da Park, encontramos uma das construções mais
bonitas da cidade, a igreja russa que em Gossip Girl se
passa pela fictícia Constance Billard, a escola de Serena Van der Woodsen.
Midtown Manhattan
Estamos agora em algum lugar entre as ruas 59 e 23, onde você
encontrará a maior parte dos hotéis da cidade. É onde passearemos por regiões
badaladas como Madison Square
Garden, Times
Square e Rockefeller
Plaza.
E já que a gente citou, vale dizer que Madison Square Garden e
Madison Square Park são coisas diferentes e relativamente distantes. O primeiro
está na 34, o outro na 26.
Flatiron District é um pouco Midtown, um pouco Downtown: começa no
topo do Madison Square Park e vai até um pouco antes de Union Square, naquele
quadrilátero que é limitado também pela 5a de um lado, Park de outro. Seu
hipercentro é o tradicional Flatiron Building, um dos prédios mais antigos da
cidade e que durante algum tempo foi o maior da costa leste americana.
Do lado direito do mapa está Gramercy, uma região linda, mas
extremamente residencial e super discreta. Bom para passear se você quer se
tornar um especialista na cidade.
Garment District, ou Fashion District, é a região da moda, onde
nos preparamos para fazê-la, mas não para comprar os produtos finais. É lá que
o pessoal vai para comprar tecido ou mandar fazer vestidos. A 7a é sua artéria
principal.
Hell’s Kitchen já foi um lugar perigoso, hoje faz parte da área
dos descolados. Muitos atores, atrizes e cineastas decidem morar ali por
ficarem próximos ao Theater District. Acabou virando o pólo
gastronômico mais
democrático da cidade.
Times Square é a parte da cidade que nunca dorme (exceto pelo
cochilo revigorador durante a madrugada). Localizada no cruzamento entre 7a e
Broadway, compreende os quarteirões entre as ruas 41 e 48. Mundialmente
conhecida pelos teatros, está sempre repleta de pessoas em seus bares e
restaurantes, além
de oferecer várias lojas que se sobressaem.
As baladas de Times Square são caras, menos divertidas e
estritamente turísticas – com uma pegada mais sacana do que divertida.
Downtown
É difícil dizer onde exatamente Chelsea está, mas, aqui, a gente o
delimita entre as ruas que marcam Downtown: começa na 23 e termina na Houston.
Chelsea é um retrato fiel da galera que mora e vive ali: é jovem,
boêmio e sonho de consumo para a maioria dos que moram próximos a Manhattan,
mas não exatamente lá. Apesar do Village ser historicamente conhecido como o
bairro gay do distrito, é em Chelsea que vive a maior concentração de casais
gays de Nova York.
GLS de um lado, ecumênico de outro: em uma mesma rua você consegue
passar por uma escola anglicana, um centro histórico judeu e uma igreja
católica. O bairro vem se tornando um enorme caldeirão – recebeu nas duas
últimas décadas várias galerias de arte internacional que migraram do Soho e
vem abrindo museus e centros culturais com arquiteturas bem diferentes do
convencional.
Nos últimos cinco anos muito tem sido falado de Meatpacking District,
que nada mais é do que Chelsea para quem nasceu na geração onde tudo que é
vintage é mais simpático. Um Chelsea mais amplo, caro e badalado, mas ainda sim
Chelsea. É pequeno e é composto basicamente pelo cruzamento da 9a com a 15 e os
quarteirões mais próximos.
É a rua 15 que divide Chelsea e Greenwich Village, ou simplesmente
Village. Junto a Chelsea é a minha mais fiel tradução da cidade. Ele é grande e
se mistura com outros bairros novos, mas é mais ou menos aquilo entre o Hudson
e a Broadway, entre as ruas 14 e Houston.
Ao lado de Chelsea e Village está East Village, com uma grande
concentração de escolas e prédios residenciais que vão se aproximando do East
River a medida que conhecemos as entranhas da região. Logo
abaixo entramos em Lower Manhattan.
Lower Manhattan
Lower
East Side
Chinatown e Little Italy são bairros colados que tendem a crescer
a cada temporada. Para quem gosta de cultura chinesa o lugar agradará com os
mercados a céu aberto e os restaurantes locais. É um bairro residencial onde as
pessoas de fato vivem imersas na tradição oriental.
Como a cultura e a gastronomia italiana é mais comumente
difundida, os restaurantes e mercados em Little Italy são paradas obrigatórias.
O bairro é menor e restringe-se aos três ou quatro quarteirões entre as ruas
Canal e Broome (norte e sul), Baxter e Elizabeth (leste e oeste).
Devido ao tamanho, ao festival de San Gennaro e as poucas pessoas
que de fato moram ali, Little Italy se parece mais com uma atração turística do
que com um bairro em si.
Lower West Side
Ao norte de Greenwich Village temos Chelsea e, ao sul, Soho – mas
vale dizer que essas divisões nem sempre devem ser levadas a sério. Em alguns
momentos bairros se confundem e se misturam. Na maior parte das vezes tentar
separá-los é uma tarefa ingrata.
Mas, enfim, Soho está “south of Houston”, a aérea entre as ruas
Houston e Canal. Já foi um enorme bordel a céu aberto, com fábricas e
indústrias funcionando a todo vapor ao longo do dia. Hoje é uma das áreas mais
visitadas da cidade, com as lojas e galerias mais descoladas de Nova York. É
onde a gente consegue fazer as melhores compras e conhecer os melhores cafés. É
onde artistas vem morar e trabalhar, criando assim o conceito imobiliário que
temos hoje de “loft”.
É no Soho que estão os principais prédios da famosa New York University. É o bairro dos prédios
pequenos, feitos de tijolos, onde você pode andar e se perder sem pressa.
Existem versões intimistas das grandes lojas e restaurantes da cidade, mas aqui
vale ficar atento aos pequenos empreendimentos de administração familiar.
Percorra toda a Bleecker Street e as suas paralelas atrás de bares, café,
restaurantes, lojas e baladas com pegada folk americana.
Se Soho é aquilo que está ao sul da rua Houston, Tribeca é o
“triangle below Canal Street”. O bairro entre as ruas Canal e Chambers vem
descendo cada vez mais até chegar em Financial District, onde você encontra o
antigo World Trade Center e, depois, a legendária Wall Street, próxima a New York Stock Exchange e a belíssima Trinity Church.
Voltemos a Tribeca, bairro de um dos festivais de cinema mais
conhecidos do mundo, o Tribeca
Film Festival. Nas ruas
de lá você também encontra várias jovens modelos tentando a sorte grande na
cidade, já que filiais de três grandes agências estão concentradas na região.
Não queria usar a palavra “descolado” mais uma vez, por isso vai
“badalado”: em Tribeca você não tem atrações específicas para conhecer, o
grande barato é caminhar por suas ruas e esbarrar em alguns de seus moradores
mais ilustres, como o cantor Justin Timberlake e a modelo Adriana Lima – além
de Robert De Niro, que parece ser dono do lugar.
Agora estamos no estremo sul da ilha de Manhattan. Do lado
esquerdo do mapa temos Baterry Park City e do lado oposto South Street Seaport.
Em Seaport temos baladas, bares, restaurantes e lojas conhecidas
por todos, mas o mais famoso ainda é o Pier 17, com um enorme barco ancorado e
um dos museus mais famosos da cidade. O lugar
é fantástico para ver o tempo passar e entrar em lojinhas despretensiosas que
vendem coisas que você jamais se lembraria de procurar.
Já Battery Park City é o típico exemplo de criatura que superou o
criador: foi totalmente construída com terra, areia, rochas e sobras de algumas
das antigas construções da cidade, como o World Trade Center.
E por falar nas torres gêmeas, é em Battery Park City que
encontramos algo parecido: o complexo de prédios e escritórios World Financial
Center, lar do
Winter Garden Atrium com lojas e restaurantes que valem a visita.
Manhattan é mais ou menos isso, várias cidades dentro da ilha mais
visitada do mundo.
Retirado do http://www.rodei.com.br/tag/bairros-de-manhattan/
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