9 de setembro de 2013

BsAs - Roteiro de 5 dias


Dia 01: a chegada à noite

O aeroporto de Ezeiza fica um pouco distante do centro de Buenos Aires, uns 45 minutos de deslocamento. Contando com o tempo da imigração, da retirada das malas, do freeshop e do câmbio de moeda, é fácil perder umas duas horas em Ezeiza. Ainda mais se o seu vôo for longo, não vai dar para programar muita coisa pra esse primeiro dia, seja pela falta de tempo, seja pelo cansaço da viagem. 
O Aeroparque é mais perto, porém um parto pra conseguir taxi lá...entre na fila, pegue a senha e depois sente nos cafés por ali pra esperar e já descansar.
O melhor nesse dia é só fazer o “reconhecimento de área”, dar umas voltas por perto do hotel para saber a estrutura que vai ter perto “de casa” e descansar pra começar o dia seguinte renovado. 
Se alugou apartamento, é hora de ir fazer umas comprinhas básicas (água, lanches, papel higiênico etc.). se estiver num hotel pode escolher algum restaurabte próximo para jantar por ali e já ir entrando no clima da cidade. 

Dia 02: sábado

Quem vai pra Buenos Aires pela primeira vez, quer logo ver os cartões postais mais famosos. Então, o jeito ideal de começar o primeiro dia de “turistagem” é na Plaza de Mayo, onde está a Casa Rosada. De lá, pode-se caminhar até o Congreso, pela Avenida de Mayo (com direito a uma paradinha no Café Tortoni, claro), e depois voltar um pouquinho, para ir aos pés do Obelisco, pela Avenida 9 de Julio. Verifique se o Teatro Colón  está aberto.
Há visitas guiadas gratuitas ao prédio do Congreso e à Casa Rosada. A do Congreso é dividida em duas partes, uma, para a Camara de Senadores, a outra, para a Camara de Diputados. As visitas ao Teatro Colón também são bem legais.
Hora de passear também pela Calle Florida, uma rua de comércio que já foi muito chique e hoje não é mais. Tem várias lojinhas com preços camaradas, a Falabella que é estilo uma C&A, e na Florida também ficam as Galerias Pacífico, o shopping mais lindo da cidade.
Para descansar no final da tarde, vá para Puerto Madero.  

Dia 03: domingo 

Pegue um táxi e siga para La Bombonera, o estádio do Boca Júniors. Tem umas visitas guiadas e um museu, mas é preciso confirmar os horários de funcionamento, pois há restrições em dia de jogo. A visita é bacana, com direito a entrar no campo, ver troféus, etc. Vale pra agradar o marido. rs
Saindo do estádio, siga para o Caminito. Lá estão aquelas casinhas coloridas (que formam um museu a céu aberto), uma marca de BsAs. A recomendação é que todos os deslocamentos no bairro de La Boca sejam feitos de táxi, pois a região não é das mais seguras, mas fomos a pé pelas avenidas mais movimentadas até a feira de San Telmo. Essa feira vale muuuuito a pena. Tem barraquinhas de comidas, roupas, artesanato...tudo de mais original você vê nessa feirinha, o que achar de bacana pode comprar, porque depois você não acha mais em Buenos Aires. Essa feira de antiguidades só acontece aos domingos. É bem animado por lá, e também dá pra ver e ouvir tango por ali. Ainda que não dê pra ir a San Telmo no domingo, vale passear por lá para visitar o Mercado de San Telmo e os antiquários do bairro.
Sempre gosto de chegar na cidade e no primeiro dia andar o máaaximo que der, então dá pra ir voltando a pé pela cidade e conhecendo os bairros pra se localizar.

Dia 04: Recoleta

Comece o dia no cemitério da Recoleta. Pode parecer mórbido, mas o lugar é praticamente um pátio de esculturas, encaro como uma museu a céu aberto. Há visitas guiadas gratuitas (e ótimas!), onde você fica sabendo de todas as fofocas sobre os finados mais chiques de Buenos Aires. E tem gente que vai lá só pra ver o túmulo de Evita… 
A Basílica de Nossa Senhora del Pilar, que fica do lado do cemitério, com sua simplicidade exterior, também merece uma visita. 
Seguindo adiante, está o Buenos Aires Design, shopping só de lojas de móveis e decoração. A loja Morph (tem várias pela cidade, mas essa é a maior que conheço) é irresistível. 
No fim de semana, sábado e domingo, tem uma feirinha de artesanato nessa áera. O lugar fica muito cheio! 
Atravessando a Avenida del Libertador, chega-se ao Museo Nacional de Bellas Artes, o meu preferido em Buenos Aires. O acervo tem peças de artistas argentinos e também uma coleção de pintura européia. A entrada é gratuita. Dependendo de seus interesses, pode substituir o MNBA pelo Museo de Arte Decorativo ou pelo MALBA (o melhor mesmo é ir ao MALBA de todo jeito, nem que seja só para ver o Abaporu, de Tarcila do Amaral. Uma lástima, uma tela tão brasileira exilada em solo argentino…). 
Depois do Museu, um passeio pela Avenida Alvear, uma das mais chiques de Buenos Aires. Nela, estão as lojas mais caras da cidade e alguns dos casarões e hotéis mais finos também. No fim dessa rua, ficam as Embaixadas do Brasil e da França, verdadeiros palácios! 
Tem um shopping ali perto, o Pátio Bullrich, se quiser um lugar com ar condicionado (ou aquecimento, dependendo da época do ano) para descansar (compras, nem pensar, que aí é tudo muito caro!). 
Viu quantas vezes usei as palavras “chique”, “fino”, “caro”? Pois é, esse é o espírito da Recoleta… 

Dia 05: compras finais

Enfim, é hora de fazer compras finais. Gosto muito da Avenida Santa Fé para isso. Principalmente em uma primeira viagem a Buenos Aires, quando você ainda não conhece as marcas locais, não acho uma grande vantagem “perder” um dia nos out-lets da Avenida Córdoba ou da Calle Aguirre (mas, se fizer questão, aqui  estão as informações mais detalhadas sobre o assunto). Melhor ficar pela Santa Fé mesmo, que, afinal, promete mais do que roupas! 
É lá que está a livraria mais linda do mundo, a Ateneo Grand Explendid, que já foi um cinema/teatro e tem um café delicioso no local em que ficava o palco.
Aproveite o fim de tarde em Palermo Viejo. É a região mais “moderninha” de BsAs, e, além dos cafés e restaurantes com mesas na calçada, dá para continuar no ritmo de compras, porque são muitas as lojas de objetos para a casa e de roupas e acessórios. Muito difícil resistir! Uma das minhas preferidas é a Papelera Palermo (eu adoro uma papelaria…). Comece o passeio na Plaza Serrano e pode andar sem rumo pelas ruas próximas. Se for no fim de semana, prepare-se, porque fica tudo lotado! 


Não esqueça que o aeroporto é longe, e o freeshop é grande! Não custa lembrar que é importante separar tempo para essa tarefa. Tem também de chegar com antecedência para fazer os procedimentos de tax free, caso tenha feito compras com direito a devolução de tributos.


8 de setembro de 2013

Roma - Comer

Antes de recomendar restaurantes, algumas dicas importantes:

No café da manhã, os italianos vão sempre de capuccino e cornetto (croissant). 

O melhor é achar um supermercado no primeiro dia e comprar frutas, água, sucos. Depois achar uma paneteria (padaria) e pedir se fazem sanduiches (panini) pra levar pras caminhadas. Leve tudo numa mochila e faça aquele piquenique em uma das inúmeras e lindas praças de Roma. Os próprios locais fazem isto, sem frescuras. 

Pratos típicos romanos que vale a pena provar: bucatini ou qualquer outra pasta alla amatriciana (molho de tomate fresco com panceta), qualquer pasta alla carbonara (molho branco feito com ovo, panceta, cebola), fiori di zucca fritti , coda alla vacinara (rabo de boi com molho feito com tomate, salsão e cenoura). 

Comer "pizza a taglio” que fazem em formas grandes e vendem por quilo, são sempre muito gostosas e baratas.

Os sorvetes são incríveis, se o clima estiver bom aproveite muito! O sorvete de nociola (avelã) é maravilhoso, o de amarena (cereja silvestre) também e, para quem é viciado em flocos ele se chama straciatella. 

Se quiser beber chopp na Itália peça por uma spinamas esqueça do chopp e cerveja gelados como no Brasil.

Quando forem em algum bar ou lanchonete que tem balcão e mesinhas fora, você não pode pedir, um lanche (panino) no balcão e sentar nas mesas, pois o preço é diferente. No balcão você paga 3€, já na mesa, você pede pro garçom e paga uns 6€. 
Também é normal eles trazerem tudo o que você pediu e já te cobrarem antes mesmo de começar a comer, não pense que estão te expulsando. Também é normal que eles cobrem um item chamado coperto, que se refere ao uso e limpeza das louças. Ele é cobrado individualmente. Os restaurantes  não cobram gorjetas mas, se disposto a dá-la, você pode dar mais ou menos 10%, dependendo de como foi o serviço. Não sei se as pessoas dão os 10% sempre, mas eu senti que era o certo e aparentemente os garçons ficaram felizes.

Pedir um prato para viagem, normalmente sai pela metade do preço da mesa.   

Fuja de qualquer restaurante que esteja localizado na via Veneto, aquelas com áreas envidraçadas, pois são verdadeiras arapucas turísticas. Evite também comprar comida nas carrocinhas que estão perto dos monumentos pois são caras demais! 

Vale no fim do dia ir pra Trastevere, que é super gostoso à noite, cheio de gente e tem vários restaurantes bons e baratos. 

Restaurantes

Você está na Itália, então tá (quase)garantido que vai comer bem. Não se prenda tanto a certos locais, aqui vale entrar em algum que você ache simpático - exceto em áreas turísticas - olhar o cardápio e se arriscar.

Algumas sugestões de restaurantes, caso você passe por algum deles:

"Da Ivo a Trastevere -  Via di San Francesco a Ripa, 158.
"Zio Ciro": É uma pizzaria napolitana, as pizzas são mais parecidas com as brasileiras, são mais recheadas.
Gelateria della Palma – próximo ao Pantheon
Dal Bolognese – boa comida e ambiente animado (Piazza del popolo, 1)
Gusto – série de restaurantes de várias especialidades (Piazza Augusto Imperatore)
Rede Pastarito -  boa refeição e com um preço acessível
Vineria Il Chianti é perto da Fontana di Trevi. Lugar lindo pra comer e/ou beliscar e o ideal é ir a noite lá pois você vai sair e ver a Fontana toda iluminada.
Pizza é na Da Baffetto ( Via del Governo Vecchio, perto do Pantheon) é sensacional.
Grazie a Dio é Venerdi, na Via Dei Capocci 1, perto da Via Cavour. Excelente pizzaria!
Trattoria Antonio al Panteon. Fica na Via dei Pastini,12.
Pizzeria Almafi:  perto do Vaticano, na Via dei Gracchi, perfeito para matar a fome. http://www.pizzeriaamalfi.it/
Armando al Pantheon:  comida boa e preços justos. http://www.armandoalpantheon.it/home.php
Al Picchio:  a 1 minuto da Fontana di Trevi, tem preços bastante baixos, pela sua localização. O clima é mais agradável no andar de baixo.
Gelateria del Gracchi: Localizada a poucos minutos de distância do Vaticano, a Gelateria dei Gracchi é famosa por seus ingredientes naturais e oferece uma seleção de sorvetes impressionante.
La Pace Del Palatohttp://www.lapacedelpalato.com, comida excelente perto da Piazza Navona.
Navona Notte: Pertinho da Piazza Navona, serve comida italiana autêntica de qualidade por preços baixos, frequentado pelos locais.
Alfredo: restaurante onde surgiu o spaghetti Alfredo - o original. Piazza Augusto Imperatore, 30 -  info@alfredo-roma.it
Il Delfino, na Corso Vittorio Emanuele II, 67. Pizzaria a preços justos.

Roma - O italiano

Dica preciosa: Não use o italiano Terra-Nostra-style. Você vai entender o italiano facilmente se eles falarem com calma, mas eles não vão entender seu italiano macarronês. Portanto, só arrisque o buon giorno, o grazie e o per favore, depois continue em inglês.

Dicas em Italiano

Si. Yes.
No. No.
Per favore. Please.
Grazie. Thank you.
Prego. You're welcome.
Mi scusi. Excuse me.
Mi dispiace. I am sorry.
Buon giorno. Good morning.
Buona sera. Good evening.
Buona notte. Good night.
Parla inglese? Do you speak English?
C'è qualcuno che parla inglese? Does anyone here speak English?
Mi dispiace, ma non parlo bene l'italiano. I'm sorry, I don't speak Italian very well.
Come si chiama, Lei? What is your name?
Mi chiamo Martin. My name is Martin.
Come sta? How are you?
Sto bene, grazie. I'm fine, thank you.
Piacere. I am pleased to meet you.
È stato un piacere conoscerla. It was nice to meet you.
Non capisco. I don't understand.
Scusi, che cosa ha detto? Excuse me, what did you say?
Può parlare lentamente? Could you speak more slowly?
Capisco benissimo. I understand perfectly.



Roma - um pouco da cidade

Se você estiver vindo de algum outro país europeu, talvez estranhe um pouco. Roma tem um pouco do jeitinho brasileiro: as pessoas falam alto e gesticulam pra conversar, alguns taxistas tentam dar uma de espertos e falam que o taxímetro está quebrado à noite, as pessoas entram no ônibus e não validam nenhum ticket (e não vi ninguém pra fiscalizar...) é meio várzea e por isso não é difícil "se sentir em casa".

É com certeza a cidade que mais tem história e você anda pela cidade e passa ao lado de tudo o que viu nos livros e nos filmes.
A cidade é toda plana, se empolgando dá pra andar de uma ponta a outra só no primeiro dia. 

A comida é fácil de agradar, os sorvetes são deliciosos...E lembre-se de que pode tomar à vontade a água das bicas de Roma e simpaticamente, os restaurantes deixam uma garrafa de água na sua mesa sem custo. Aproveite pra comer bem!

Algumas dicas do que não fazer:

Fazer o pedido em um restaurante sem verificar os preços no cardápio antes: Quando você estiver em um restaurante, sempre peça o menu, principalmente se o garçom começou a dizê-lo em voz alta. Lembre-se ou anote o preço do que você pediu para verificar a conta no final. Não chegue já sentando na mesa, os preços são diferentes dos praticados no balcão.

Entrar em um ônibus sem a passagem: As passagens de ônibus devem ser comprados antes do embarque e deve ser timbrado/validado no mesmo na primeira corrida, senão arrisca-se uma multa. Aliás, sempre valide os tickets de transporte, se um fiscal aparecer ( não vi nenhum, mas não é bom tentar a sorte em euros, né?) você pode ter que pagar mais de 200 euros por essa bobeira. Não há exceções, mesmo para os turistas.

Tomar um táxi e deixar o motorista perceber que você não sabe o caminho até o seu destino: Tente perguntar quanto custará a corrida antes do embarque.

Pegar o troco, sem verificá-lo, depois de pagar a alguém: não o pegue até que esteja certo. Se não estiver, fique olhando para ele até ele dizer: "opa... desculpe...".

Na Piazza di Spagna, JAMAIS pegue as rosas ou fitinhas dos comerciantes que estão te dando de "presente", eles chegam e ENFIAM a rosa na tua mão e depois ficam esperando seus euros.